Bênção das gestantes marca último domingo do Advento
Estando cada vez mais próximos do Natal de Jesus Cristo, nossa comunidade reuniu-se para celebrar o 4º e último domingo do Advento, no qual houve também a bênção das gestantes. Ainda nos primeiros momentos da missa, o padre Tiago convidou uma das gestantes presentes juntamente com seu esposo para acompanharem de perto a quarta vela sendo acesa. Esta, de cor branca, é conhecida como a vela do ensinamento e recorda-nos os profetas que anunciaram a chegada do Salvador. Também simboliza o próprio Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem a este mundo.
Com o acender desta vela, encerra-se o ciclo de espera e também de preparação para a chegada do Salvador. Foram quatro semanas de reflexão para que pudéssemos esvaziar nosso coração de tudo aquilo que porventura nos impedisse de aproveitar, da melhor maneira, este momento tão especial, no qual o Deus Filho se faz humano e vem viver entre nós.
A primeira leitura, do livro de Miqueias, abordou a profecia na qual Belém, embora pequena entre os povos de Judá, seria agraciada com a vinda daquele que dominaria em Israel, ou seja, faz referência ao nascimento de Jesus neste povoado, que viria a ser o apascentador e a própria Paz. No salmo, pedimos a este pastor para que nos proteja e nos traga a salvação. Que Ele nos converta para que sejamos salvos. Já a segunda leitura, da Carta aos Hebreus, nos fala que Deus não quer vítimas, oferendas, holocaustos e sacrifícios pelo pecado; e que Jesus veio para fazer a vontade do Pai. Como reflexo disto, nosso desejo deve ser também salvar todos aqueles que estão sem rumo, mundo afora.
No Santo Evangelho, temos um trecho da narrativa de Lucas na qual Maria, então grávida, percorre longo caminho até as montanhas para que pudesse visitar Isabel – sua prima, que também conseguira tornar-se gestante, mesmo sendo ela e seu esposo de idade avançada. Maria saudou Isabel em seu lar e com isso, a criança pulou em seu ventre, fazendo Isabel exclamar de alegria por ficar repleta do Espírito Santo. “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” foi a frase proferida por Isabel e que integra a oração da Ave-Maria que nós, católicos, rezamos cotidianamente.
Com base da liturgia, nosso pároco nos proferiu uma bela homilia que teve como tema central o caráter missionário do cristão. O gesto de Maria ao ir, apressadamente, visitar Isabel, nos mostra a atitude de um verdadeiro missionário. Maria trata com a urgência e a prioridade necessárias aquilo que realmente é importante. E neste tempo de preparação para o Natal, é preciso que tenhamos um coração purificado. Um coração que nos leve cada dia mais próximo a um amor incondicional, como o de Jesus. Um amor que não exclui, independente de classe social, erros passados ou qualquer outro motivo.
O Advento foi um mês para meditarmos e acolhermos ainda mais cada irmão, com gentileza, compreensão e carinho. Para notarmos o quanto nosso coração está afastado das pessoas necessitadas e fechado para a ação de Deus. Junto a este pensamento devemos, ainda, nos lembrar que Jesus nasceu em meio aos pobres e para os pobres. Ou seja, até Seu nascimento serve como direcionamento para nossas ações!
Ao fim da missa, como simbologia do nascimento e da importância da geração da vida, houve a bênção das gestantes presentes. Todas as futuras mamães foram convidadas a subirem no altar, onde o padre proferiu uma oração especial, pedindo a Deus que lhes dê saúde e força para cumprirem bem esta missão que lhes está sendo dada. Que por mais dificuldades que o caminho apresente – desde a gestação –, Deus está com cada uma e age naquela nova vida desde o ventre. Que elas sejam o reflexo de Maria, que acolheu a vontade do Pai e foi missionária exemplar em sua jornada. A comunidade, em concordância, rezou uma Ave-Maria por estas próximas mamães.
E os eventos continuam! Aguardamos todos em nossas próximas celebrações: a missa do Galo (na próxima quinta-feira, 24 de dezembro de 2015, às 20 horas) e a missa de Natal (na próxima sexta-feira, 25 de dezembro de 2015, às 10 horas). São duas celebrações distintas e muito belas!
Nos vemos lá, em novos e importantíssimos capítulos de nossa fé!