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Série “Ano da Misericórdia” – O que significa a misericórdia?

No quarto texto da série, iremos nos aprofundar no conceito de misericórdia e como ela pode ser vivenciada em nosso dia-a-dia

A palavra misericórdia vem da expressão em latim Miser cordis, que significa coração de pobre. Nos primeiros textos das Sagradas Escrituras, em hebraico, a misericórdia era expressa como lealdade da parte de Deus e a fidelidade dEle ao seu amor e às suas promessas de Salvação. Era também associada ao amor de mãe, que dá origem a uma série de sentimentos, entre os quais a bondade, a ternura, a compreensão e a prontidão para perdoar.

Ser misericordioso é colocar-se no lugar do outro, ser piedoso com o irmão, buscar compreender quais são suas necessidades, o porquê de seus comportamentos e prover o perdão a todos que necessitam. Numa situação extrema, é tratar com compaixão até um inimigo. É algo extremamente difícil, mas faz parte dos ensinamentos que Cristo nos deixou em sua vida terrena.

A misericórdia de Deus se faz presente em nossas vidas. Podemos entender melhor o conceito numa situação onde um acusado joga-se à misericórdia do juiz. Isto significa que ele é culpado e não tem mérito com que apelar à lei. Assim ocorre conosco, por vezes, diante do “tribunal de Deus”. A misericórdia é a nossa única esperança. Assim como Deus nos perdoa, entende as nossas fraquezas e nos concede sua infinita misericórdia, devemos também tentar agir do mesmo modo em nossas vidas, em nosso dia-a-dia.

Na Bíblia, a misericórdia de Deus é caracterizada de várias maneiras, sendo as mais representativas: grande, suficiente, terna, abundante, rica e eterna. Devemos ter enorme gratidão por sabermos que Deus nos proporciona, em tamanhas qualidades, aquilo que mais precisamos quando nos reconhecemos na condição de pequenos e pecadores.

A misericórdia é distinta da graça, do amor e da paciência e é importante diferenciá-los nos tratamentos do cotidiano.

A misericórdia somente é mostrada aos pecadores, enquanto a graça pode ser exercida onde não há pecado sendo, aquele que a recebe, alguém sem mérito para obter aquilo. Isto é, a misericórdia é conter uma punição que é merecida. Já a graça, é receber algo que não somos merecedores.

A misericórdia existe em uma relação onde, por um momento, exista uma diferença de papeis ou, até mesmo, uma hierarquia (alguma espécie de superioridade e inferioridade). Já o amor, pode ser dirigido também a um semelhante. A misericórdia perdoa e dá alívio. O amor nos predestina para adoção como filhos. A misericórdia pode fazer um rei perdoar um traidor mas seria necessário haver amor para este rei adotar este traidor como seu próprio filho. Deus, ama-nos tanto que sua misericórdia acaba sendo um reflexo de seu amor por nós.

A misericórdia é eterna, já a paciência é temporária e tem o sentido de tolerar comportamentos durante este tempo e não se colocar no lugar do outro e perdoá-lo, como se propõe a misericórdia.

Importante que, neste tempo de reflexão que o Ano da Misericórdia nos propõe, oremos por aqueles com os quais possuímos algum desafeto e busquemos a mudança do nosso coração. Que sejamos cada vez mais misericordiosos com nossos irmãos, assim como o Pai é conosco. Que também reconheçamos os nossos erros e busquemos nos reaproximar daqueles para os quais não agimos da melhor maneira possível. Sempre é tempo de conversão para nossas vidas.

Acesse também os outros textos da série!!

Fontes/Saiba mais:

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