Missa de Santo Antônio: partilha de pães e de fé
"Dia 13 não é dia de azar, é dia de Santo Antônio!"
Na terça-feira, 13 de junho, celebramos a missa em memória de Santo Antônio de Pádua, também conhecido como Santo Antônio de Lisboa, por ser de origem portuguesa. Santo de muitos milagres, tanto em vida quanto em morte, é conhecido como o "santo casamenteiro", invocado pelas moças que desejam casar, mas também como o "protetor dos pobres", pois nos convida à partilha dos pães com os necessitados.
Durante a celebração, conhecemos um pouco mais sobre a vida deste grande pregador ao qual fizemos memória. Ainda muito jovem, Antônio descobriu sua vocação sacerdotal e entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares, onde realizou seus estudos e foi ordenado sacerdote. Era um jovem muito inteligente e excelente pregador, que encantava as pessoas por onde passava com a mensagem do Santo Evangelho. O maior sonho de sua vida era ir à África pregar o Evangelho àqueles que não conheciam Nosso Senhor Jesus Cristo, mas sua ordem não permitiu que ele partisse nesta missão.
Um dia, Antônio se encontrou com os discípulos de São Francisco de Assis e, ali, sua vida deu uma reviravolta, quando deixou a Ordem dos Cônegos para se unir à Ordem dos Franciscanos. Assim, finalmente partiu para a África! Mas tendo adoecido no meio do caminho, decidiram levá-lo de volta a Portugal. De alguma forma, em vez de chegar ao seu destino, chegou à Itália, perto de Pádua, onde havia um Congresso Geral dos Franciscanos. Nesta ocasião, Antônio teve a graça de conhecer São Francisco de Assis em pessoa, que ficou encantado com sua pregação e inteligência, convidando-o, então, a tornar-se missionário e ensinar seus discípulos, ou seja, aqueles que seguiam a vida de Jesus pelo exemplo de Francisco. Dessa forma, Santo Antônio se reencontrou em sua vocação, cumprindo sua missão - que não era pregar na África, mas sim ensinar os discípulos franciscanos, o que fez com muito amor até morrer, aos 36 anos, e entrar para a vida eterna.
Na homilia, fomos convidados a refletir sobre algumas questões: nós temos realizado a vontade de Deus? O que sabemos fazer de bom? Estamos colocando estes dons a serviço do Senhor? O Evangelho nos lembra que "ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim em um candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa" [ref. Mt 5, 15]. Da mesma maneira, nós não devemos esconder os nossos dons. Sendo cristãos, precisamos assumir a nossa vocação para que o nosso batismo e crisma sejam um "sim" consciente e responsável, como São Paulo nos diz na Segunda Carta aos Coríntios.
Como Santo Antônio, devemos deixar a nossa vida ser conduzida por Deus e realizar a vontade do Senhor todos os dias, desde a catequese, durante nossa vida adulta, até a idade avançada, para, assim, encontrarmos nossa verdadeira felicidade e realização.
Ao final da celebração, houve a tradicional bênção dos pães, e, assim como Jesus no Evangelho dos cinco pães e dois peixes, o alimento foi partilhado para que todos saíssem da igreja levando um pãozinho abençoado. Do mesmo modo como partilhamos os pães, que possamos sempre partilhar nossa vida, nossos dons e o Evangelho. E que, pela intercessão de Santo Antônio, nunca falte o pão nosso de cada dia em nossos lares!
Santo Antônio rogai por nós! Intercedei a Deus por nós!