Confissão: o Sacramento da Reconciliação e sua importância
O Sacramento da Reconciliação é o sinal de libertação e perdão dos pecados, é o sacramento da cura para aqueles que buscam purificar o coração e a alma. Assim, todos os cristãos católicos devem realizar a confissão, ao menos uma vez por ano, conforme a Lei da Igreja.
O tempo da Quaresma, inspirado pelos exercícios de oração, caridade e jejum, propõe uma série de reflexões para nós, católicos. Neste contexto, devemos fazer um exame de consciência sobre nossa vida, nossas atitudes e pensamentos para que, arrependidos de todo o mal que cometemos, possamos nos libertar dos nossos pecados por meio da confissão.
A confissão com o sacerdote é de extrema importância, e o Papa nos explica o motivo:
"O sacerdote representa não somente Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um de seus membros, que escuta comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com ele, que o encoraja e o acompanha no caminho de conversão e amadurecimento cristão. Alguém pode dizer: 'eu me confesso somente com Deus'. Sim, você pode dizer a Deus 'perdoa-me', e dizer os teus pecados, mas os nossos pecados são também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isso é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote" (Audiência Geral, 19/02/14).
De fato, muitas pessoas imaginam que o arrependimento e a confissão apenas para Deus são suficientes – às vezes, por medo ou vergonha de se expor em frente a um sacerdote. Mas a confissão individual nos ajuda a dividir as angústias que nos atormentam e a descobrir novos caminhos de libertação e felicidade, auxiliados pelo aconselhamento do sacerdote e pela absolvição de nossos pecados.
Esta felicidade encontrada após a Reconciliação é testemunhada por Santa Teresinha, quando escreve, em sua autobiografia, sobre a sua primeira confissão, por volta dos sete anos. Mesmo jovem, Teresinha já entendia que não falaria a um homem, mas a Deus, uma vez que o sacerdote age in persona Christi.
Nossa Padroeira conta ainda que recebeu a bênção com grande devoção, na certeza de que as lágrimas do Menino Jesus iriam purificar a sua alma naquele momento. Então, voltou a confessar-se em todas as festas para sentir novamente esta alegria, já que "saindo do confessionário, eu estava tão contente e tão leve que jamais havia sentido tanta alegria em minha alma" (História de Uma Alma).
Quando foi a última vez que você se confessou? Que tal ir ao encontro do perdão e da infinita misericórdia do Pai, nesta Quaresma? Deus vos aguarda de braços abertos!