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Campanha da Fraternidade 2016 | "Casa Comum: nossa responsabilidade"

Redação – PASCOM Santa Teresinha

No último dia 10 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, juntamente com o início da Quaresma, foi lançada oficialmente a Campanha da Fraternidade 2016. A CF acontece todos os anos e seu principal objetivo é despertar a solidariedade das pessoas em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções.

Mas esse ano a proposta é ainda maior, pois será realizada a quarta Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE), ou seja, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), e assumida pelas igrejas-membro: Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sírian Ortodoxa de Antioquia; além dessas igrejas, estão integradas à Campanha, também, a Aliança de Batistas do Brasil, a Visão Mundial e o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP). E mais: esse ano, ainda, a CFE terá dimensão internacional, pois contará com a parceria da Misereor - entidade da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina.

E por que a Campanha da Fraternidade desse ano é tão importante?

O tema da Campanha da Fraternidade 2016 é: "Casa Comum, nossa responsabilidade", e o lema bíblico: "Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca" (Am 5, 24). A intenção é chamar a atenção para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do nosso planeta.

Esta temática também deixa claro que é obrigação de todos - sociedade, empresas públicas e privadas e os governos - a preocupação com estas questões. "Em 2016, teremos eleições para prefeitos e vereadores, justamente as autoridades políticas mais próximas do cidadão. É essencial, portanto, deixar claro para os candidatos que, tão importante quanto as promessas de levarem mais hospitais, postos de saúde e asfalto, é resolver definitivamente a falta de saneamento na cidade", orienta o Presidente Executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, em entrevista à Revista Pastoral da Criança.

Saneamento Básico

O tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica para 2016 não foi escolhido à toa. O saneamento básico é um problema sério de saúde pública, economia, sustentabilidade e dignidade humana, que afeta todo o mundo. Conforme dados do Relatório do Desenvolvimento Humano de 2006, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), aproximadamente 2,6

bilhões de pessoas no mundo não são atendidas pelos serviços de saneamento, sendo os africanos e os asiáticos os mais afetados: 1,635 bilhão de pessoas.

No Brasil, cerca de 35 milhões não contam com água tratada em casa e quase 100 milhões estão excluídas do serviço de coleta de esgotos, como aponta publicação de 2015 do Instituto Trata Brasil. E mais: de acordo com o Progress on Sanitation and Drinking-Water de 2014, o Brasil é um dos países com o índice mais alto de pessoas que não possuem banheiro, com quase 7,2 milhões de habitantes.

A desinformação também é grande nesse universo. Uma pesquisa do Instituto Trata Brasil e do IBOPE, realizada em 2009, mostrou que 31% da população não sabe o que é saneamento básico. "O brasileiro tem por cultura ser muito individualista e pouco se importar com os problemas coletivos. No caso dos serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos, é comum vermos cidadãos que moram onde existem os serviços pouco se importarem com bairros ao lado que nada possuem. Precisamos ser mais atentos e solidários, pois os impactos da falta de saneamento vêm para todos, especialmente a poluição e as doenças", afirma Carlos. "Podemos fazer uma associação com o mosquito da dengue: mesmo fazendo tudo certo em nossa casa, se o vizinho não fizer, o mosquito se prolifera e o problema pode chegar à nossa família. Se a cidade onde moro, ou o bairro ao lado, não tiver acesso aos serviços, é certo que os impactos chegarão a mim também”, completa.

Para saber mais:

Curiosidades

No ano de 2000 aconteceu a primeira Campanha da Fraternidade Ecumênica, com o tema "Dignidade Humana e Paz" e o lema "Novo milênio sem exclusões". Cinco anos depois, em 2005, realizou-se a segunda CFE, que teve como tema "Solidariedade e Paz" e como lema "Felizes os que promovem a paz".

Em 2010, a Campanha também foi ecumênica e falou sobre o tema de "Economia e Vida", com o lema "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". E agora, em 2016, vivemos a quarta Campanha da Fraternidade Ecumênica, com foco no saneamento básico, no desenvolvimento humano, na saúde integral e na qualidade de vida.

Fontes de pesquisa:

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