Solenidade de Todos os Santos: por que a Igreja a celebra?
Aproximando-se o final do Ano Litúrgico, a Igreja nos oferece momentos especiais para a meditação sobre aquilo que está por vir. Em novembro, especialmente, três solenidades marcam este momento: a celebração de Todos os Santos, a solenidade dos Fiéis Defuntos e, ao final do mês, a solenidade de Cristo Rei. São três instantes marcantes: a celebração da Igreja Triunfante, a da Igreja Padecente e o triunfo de Nosso Senhor ao final dos séculos.
Em sua homilia, Padre Tiago informou que, no Brasil, por especial concessão da Santa Igreja, as festas de guarda são permitidas terem sua celebração transferida para o domingo seguinte, quando sua efetiva data ocorre durante dias da semana. Este ano, como a celebração de Finados foi celebrada durante a semana e trata-se, também, de uma solenidade, celebramos Todos os Santos no domingo subsequente, conforme o Diretório para a Liturgia da CNBB.
Celebramos a festa do José, da Maria, do Antônio, do Pedro, da Conceição, Clara, Rita de Cássia, Teresa do Menino Jesus, Camilo de Léllis e tantos outros santos de nossa devoção que nos ensinam o cotidiano da vida cristã, rumo à Jerusalém Celeste. Comemora-se as três dimensões de nossa vida cristã: a vocação à santidade futura no céu; a santidade do passado, daqueles que nos precederam; e celebramos a santidade gratuita de Deus na nossa caminhada rumo aos céus.
A Igreja nos convida a celebrar os seus filhos, os canonizados e os não canonizados, os conhecidos e os desconhecidos, os que morreram em defesa da fé, como mártires, e os que também faleceram confessando com fidelidade a nossa fé. Celebramos todos os santos que uniram a fé e a prática de vida comunitária, testemunhando Jesus Ressuscitado na sua realidade.
Mas por que celebrar os santos do céu e da terra? Porque todos nós somos convidados à vida de santidade atendendo ao que diz a Bíblia: "Vivei a santidade, santificando uns aos outros, porque Deus, o Poderoso, é o Santo dos Santos". A santidade é um caminho espinhoso. Combatendo o bom combate, todos são convidados a trilhar este árduo trajeto, especialmente a partir da dimensão comunitária, da dimensão paroquial e do engajamento no projeto de evangelização, para aproximar-se mais e mais da plenitude da eternidade, no amor de Deus.
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